top of page
flyerdowslleyeditoraCLAUDIOLEALCACAU
flyerdowslleyeditoraCLAUDIOLEALCACAUb

Cláudio Leal Cacau, escritor, jornalista e artista plástico, é um dos poetas mais atuantes do cenário literário do Rio de Janeiro, aonde vem se destacando por sua apresentação performática em espaços abertos, saraus, teatros, eventos e encontros ligados à poesia e à arte.

 

 

Insubordinação Mental é o quinto livro de poesia do autor,  com o título inspirado na punição aplicada ao poeta Carlos Drummond de Andrade, pelo colégio jesuíta onde estudou. Nesta obra o autor reúne cinco textos poéticos, dos quais três deles vêm com apresentações dos poetas Gilberto Mendonça Teles, Marcus Vinicius Quiroga e Tanussi Cardoso. Ao longo de 132 páginas, o autor explora temas existenciais, sociais, linguísticos, antropológicos, etc., transitando entre o poema e a prosa poética.  Detentor de vários prêmios e com participações em diversas antologias e publicações literárias, Cláudio Leal Cacau soma à construção de sua obra comentários críticos de Antonio Carlos Secchin (ABL), Gilberto Mendonça Teles, Moacyr Felix, Carlos Henrique Escobar, Tanussi Cardoso, Marcus Vinicius Quiroga, Rui Espinheira Filho, Demócrito Jónathas Azevedo e Bruno Linhares.

Título: Insubordinação Mental

Autor: Cláudio Leal Cacau

Editora: Dowslley Editora (Niterói-Rio de Janeiro), 2016, 130p.

Gênero: Poesia Brasileira

Encadernação: Brochura, com orelhas.

ISBN: 978-85-69589-12-9

Dimensões: 21 cm de altura x 14 cm de largura.

contato com o autor
  • Facebook Social Icon

ONDE ESTÁ O ÓDIO

 Não sei falar do ódio

porque falar do ódio

é preciso tê-lo vivo no espírito

nos olhos esbugalhados da Medusa

no sangue vertido à navalha

na alma que fomenta discórdias

no desejo do beijo do vampiro 

Quando o ódio existe é porque o amor não era de verdade

Ou se era alguma coisa: era coisa rala

era mentira inútil, furtiva

coisa vaga, coisa nenhuma, nada

Eis que o amor não consegue ver ódio debaixo da pele de ninguém

porque vê-lo em algo é ter-se tornado ele próprio

na alma, na carne, no coração, na palavra

é tê-lo levado, com ou sem algemas,

mesmo que inconscientemente, para dentro do poema

O ódio, rei dos vilões, não está em mim

por isso você não pode vê-lo no meu semblante

na minha aura, nas minha unhas, no meu sangue

Por isso e mais aquilo e qualquer outra coisa e coisa e tal

Procure-o em nenhum lugar nenhum qualquer

porque estou indo-me embora

e levo comigo “As Flores do Mal”, de Baudelaire

Site Criado por Lucília Dowslley

bottom of page